Filme Her e a solidão

 

Postagem de dezembro de 2014

Hoy! Assistindo o filme Her senti extremamente inspirada a escrever sobre a solidão presente em nossas vidas e as formas de compensa-las: algumas pessoas com drogas, outras com um amor banal, outras com bens materiais. Este filme retrata a vida solitária de Theodore após a separação e posterior divorcio, a forma que ele encontra para preencher o vazio deixado pelo seu grande amor é um sistema operacional intuitivo que fala o que ele quer ouvir, sabe seus gostos e se preocupa com ele, nada demais até aqui a não ser que eles se apaixonam e vivem uma grande paixão. Sim, entre um humano e um sistema operacional intuitivo. 

Sinopse
Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia. (Via AdoroCinema)

Com roteiro e direção de Spike Jonze - e que direção! Cada plano maravilhoso, close perfeito! Apaixonada! - e perfeita atuação do lindíssimo Joaquin Phoenix. 

Não vou dizer que o filme te prende do inicio ao fim, mas te deixa curiosa para saber o desfecho da história. Comecei a assistir sem saber nada da história porque gosto das surpresas que as histórias dão, mas que as vezes viram decepção. Quando o sistema operacional chega na história pensei: "Oh não, ele vai se apaixonar por ele!" e foi o que aconteceu. Fiquei torcendo para a volta de Theodore e sua ex esposa sim ♥

E a solidão será que tem cura quando se coloca outra pessoa no lugar? No fim de relacionamento sempre alguém diz que curar um amor antigo com um novo amor é a melhor solução. mas sempre achei isso estranho, não tem como colocar uma pessoa no lugar de outra em nossas vidas, ela sempre vai ocupar um lugar exclusivo. Esse foi o "X" da questão na vida de Theodore, com o termino de um longo relacionamento ele encontra maneiras de acabar com a solidão que está enfrentando, e Samantha (SO) aparece na vida com todas as palavras que ele quer ouvir, o coração dele não aguenta e se enche de esperanças.

Muitas vezes colocamos pessoas em nossas vidas para preencher um vazio deixado por outras e acreditamos que essa é a melhor maneira para curar a nossa solidão e até deixar um sentido para nossas vidas.
No filme esta cura de solidão não se dá por uma pessoa concreta e sim por uma voz pensante, esta é a questão, a solidão é tão intensa que a primeira forma de completar a vida, Theodore se apega a um sistema operacional e acredita está completo. Inicialmente esta ideia parece tão absurda, mas será que fazemos a mesma coisa? Quando nos apegamos a bens como smartphone, nos apegamos a uma pessoa rapidamente ou viciamos em alguma coisa, estamos sendo igual ao protagonista deste filme, prendendo a sentimentos ralos, sem profundidade para saciar nossos sentimentos egoístas.

Erica Lima